ANO NOVO… VIDA NOVA!!!

Será que alguém ainda acredita nisto? Mesmo com muita boa vontade, torna-se difícil, cada vez mais difícil, já que os tempos estão confusos e parece não haver nada em que se possa confiar.

Pensamentos negativos? Nem por sombras apenas realistas. Sejamos realistas, mas positivos! Se for vida nova, que seja para melhor e precisamos de dar uma ajudinha à tal vida para tentar que ela seja mesmo melhor.

O mês de Janeiro já passou, num ápice, nem se deu por ele e já estamos no Carnaval. Se não tomarmos cuidado vamos dar connosco no Natal e não fizemos nada, mas mesmo nada de jeito, até lá, para conseguir aquela tal vida nova de que falam os nossos ancestrais “ditos” populares.

Nunca é demais lembrar que a saúde é o bem mais valioso para que a vida nos corra bem. Lamento dizê-lo mas esta enorme realidade é menosprezada, esquecida e não é muitas vezes valorizada como prioridade.

A tal vida nova deveria começar por aqui, por dar o valor real aos cuidados a ter com a saúde, começar por, sempre que possível, prevenir, em ver de tratar a doença já instalada.

A vontade de viver melhor não devia ser um momento de boa-vontade que se repete uma vez por ano e depois se esquece… rapidamente, devia ser uma forma de vida, permanente.

O tempo passa sem parar e assim corre também a vida. Quando se começa a viver não há botão de pausa nem de recomeço, é contínuo até que se acaba de viver. A esse período de tempo chama-se “esperança de vida”, depende de vários factores, é uma estimativa muito generalizada mas depende muito, sem sombra de dúvida, dos cuidados que cada um tem com a sua saúde.

Desde 1990 a esperança de vida à nascença aumentou globalmente em 6 anos, dependendo muito dos avanços da medicina preventiva.

Mas será preciso querer usar as possibilidades que temos disponíveis.

As decisões que se tomam todos os dias e que condicionam os comportamentos, são factores determinantes para a esperança e qualidade de vida.

Não é apenas a vontade de uma vida longa que deve ser importante, ainda mais importante é conseguir ter uma vida que valha a pena ser vivida.

Há factores genéticos e ambientais que serão incontornáveis mas que muitas vezes são controláveis com comportamentos fáceis e simples.

Um estudo de 2012 demonstrou que mesmo quantidades modestas de exercício físico podem prolongar a esperança de vida em 4 para 5 anos, mas combinando o exercício com controle do peso, dieta rica em produtos vegetais, sem uso de tabaco, a diferença pode ir até 10 anos.

Envelhecer é o maior factor de risco para diminuir o tempo de vida de cada um, mesmo que a esperança de vida venha a aumentar de uma forma global e, sendo que a idade é o maior factor de risco para todas as doenças humanas, temos que aceitar que não se vive para sempre.

O progresso da ciência está a evoluir a passos largos para a alteração e controle do ritmo do envelhecimento humano e não apenas para tratar e prevenir melhor os efeitos do envelhecimento e o tratamento das doenças tal como ainda se faz.

Um detalhe a não esquecer… as mulheres vivem mais do que os homens, em todo o Mundo. Em 1990 a diferença eram 5 anos e permanecia igual em 2012.

Envelhecer é um desafio que, no fim, acaba por se perder, mas podem ser tomadas atitudes importantes, não diria para vencer a guerra, mas para vencer ou evitar muitas batalhas.

Para conservar a sua saúde aproveitando a ajuda que a evolução das ciências da saúde está a disponibilizar-nos a um ritmo surpreendente, será mesmo fundamental fazer equipa com o seu médico e assim reduzir os riscos de doenças e incapacidade.

Diria mesmo mais, acreditem que, das escolhas e melhoria da qualidade de vida individual, depende muito a qualidade de vida não só da sua família mas da comunidade em que vive.

Chegou mais um Ano Novo…e a vida continua! Melhor? Depende muito de cada um, das suas escolhas.

 

Com votos de boa saúde,

Drª Maria Alice

Especialista de Medicina Geral e Familiar

Administradora / Directora Clínica

Luzdoc Serviço Médico Internacional / Medilagos

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