As vidas de muita gente por este nosso mundo são arruinadas e encurtadas por doenças crónicas.
São doenças de longa duração que podem ser controladas mas não erradicadas, que não podem ser prevenidas por vacinas nem curadas com medicamentos e que não desaparecem por si.
Tendem a ser mais frequentes com a idade e são sem dúvida as maiores causas de mortalidade no mundo.
A Organização Mundial de Saúde (WHO) considera que as doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, doenças respiratórias crónicas e a diabetes são a maior causa de morte entre os adultos em quase todos os países.
As doenças não transmissíveis eram responsáveis em 2000 por cerca de 60% de todas as mortes e era considerado que este número poderia aumentar em mais 17% nos 10 anos seguintes. Em 2012 esta percentagem era de 68%.
Por todo o mundo aumentam as crianças com excesso de peso e obesidade e a incidência da diabetes está a crescer de forma assustadora.
Esta espécie de epidemia invisível de doenças crónicas, é um assunto muito sério para a saúde pública, para as sociedades e para as economias afectadas mas à qual até há pouco tempo se tem dado atenção muito insuficiente.
O que fazer?
A actual grandeza e severidade do problema torna urgente a necessidade absoluta de se tomarem medidas e temos actualmente, já bem estabelecidos, os meios de prevenir e controlar a maior parte das doenças crónicas.
Podemos na realidade fazer muito pela nossa saúde e a dos outros à nossa volta, na prevenção das doenças crónicas e muitas das coisas mais importantes não custam dinheiro.
O que é preciso é que na nossa vida se coloquem as prioridades na ordem mais adequada.
Crónico/ Agudo /Recorrente
Em Medicina o oposto de crónico é agudo e o percurso de uma doença recorrente distingue-se do das doenças crónicas por apresentar recaídas frequentes alternando com períodos de remissão.
Factores de risco
Os factores de risco variam com a idade e o género, mas a maior parta das doenças crónicas estão condicionadas pela dieta, o estilo de vida e também pelo risco metabólico individual.
Assim sendo a prevenção das situações de doença crónica passa prioritariamente por alterações de comportamento.
Não usar os possibilidades de prevenção disponíveis e que são necessários para detecção precoce dessas patologias, atrasar o início dos tratamentos, não cumprir a sua continuidade, condiciona piores resultados para os doentes.
É importante lembrar que o excesso de uso de antibióticos é comprovadamente responsável por doenças hepáticas crónicas.
O que podemos fazer?
Muitas doenças crónicas podem ser prevenidas, ou melhor controladas, em pessoas que adoptam comportamentos saudáveis, tais como controlar o peso, ter alimentação saudável,
evitar o uso de tabaco e aumentar a actividade física.
O seu Médico de Família pode ajudá-lo a
* Promover –– vida saudável (melhor dieta, mais actividade física, cessação tabágica, hábitos sociais saudáveis).
* Prevenir –– mortes prematuras, incapacidades desnecessárias.
* Tratar –– doenças crónicas de forma eficiente, usando o conhecimento mais actualizado.
* Cuidar –– de si e da sua família com os mais adequados cuidados de saúde para que se monitorize, apoie e controle a evolução das doenças crónicas.
O TABACO
O uso do Tabaco é considerado (WHO) a causa maior de muitas das doenças que mais pessoas matam em todo o mundo, incluindo doenças cardiovasculares, doenças obstrutivas crónicas pulmonares e tumor do pulmão.
De uma forma global o uso do tabaco é responsável pela morte de cerca de 1 em cada 10 adultos. Fumar é muitas vezes a causa oculta da doença registada como causa de morte
Uma questão de hábito
Quando se vive com uma doença crónica é importante aprender a lidar com o facto de que se tem um novo parceiro para toda a vida. O mais importante é não esquecer que é preciso escolher as melhores opções para prolongar o mais possível o tempo de viver e para o viver com a melhor qualidade de vida possível.
Um doente com uma doença crónica tem que se habituar a um novo “normal, porque vão ser…
Parceiros até ao fim… da vida
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