Cuidado com o “bronze”… olhe que pode ficar “agarrado”!!!

 

Se fica “em baixo” quando não pode bronzear-se… até pode ter uma verdadeira dependência!

Há quem pense que o Sol pode ser tão viciante como uma droga, das pesadas e que as pessoas que passam a vida a bronzear-se expondo-se aos raios ultravioleta, podem ter um novo tipo de dependência. Foram feitos estudos que concluíram que estas pessoas funcionam de uma forma muito semelhante àqueles que bebem ou fumam muito e aos que usam outras drogas.

Na realidade há mesmo muita gente que embora sabendo os riscos que correm no que diz respeito á saúde, nomeadamente as lesões malignas da pele provocadas pelos raios solares, não deixam de “apanhar” todo os raiozinhos de Sol que conseguem, sem limites nem bom senso, até ficarem cada vez mais bronzeadas.

Os investigadores foram mesmo até “à praia”, investigar! E os dermatologistas concluíram que quando a luz ultravioleta actua sobre a pele o corpo liberta substâncias químicas chamadas endorfinas, que são nada mais nada menos do que substâncias opióides ou seja com características e efeitos semelhantes aos do ópio, isso mesmo, não é engano, disse exactamente ópio. São estas as substâncias que, tal como o ópio, porque “sabe bem”, porque é relaxante, podem criar dependência, o que explicaria porque é que apesar de todas as campanhas para ensinar os riscos da exposição solar é tão difícil convencer as pessoas de que bronzear-se pode ser muito arriscado. Parece que não conseguem parar, sabem que faz mal mas não conseguem resistir, quanto mais se bronzeiam mais se querem bronzear, é como um círculo… “vicioso”.

E como para o bronzeamento nas chamadas câmaras de bronzear são também usados os ultravioleta, claro que não são seguras, o perigo é exactamente o mesmo, quer de cancro da pele, quer de dependência.

Será então que não há nenhuma maneira segura de se ganhar aquele tom douradinho que fica tão bem quando nos olhamos no espelho e que nos faz parecer mais saudáveis, mais bonitos e até mais novos, se não for demasiado???

Dá muito trabalho “trabalhar para o bronze”, só o tempo e a paciência de estar ali a torrar e a suar… O que vale é que quem corre por gosto (ou por vício) costuma dizer-se que não cansa, ou melhor, parece que não cansa, mas cansa mesmo.

Nos tempos antigos era assim, radical: Ou sol e bronze e todos os malefícios que vêm atrás… ou nada.

Mas no extraordinário mundo em que vivemos hoje, há outra opção, os produtos autobronzeadores que dão á pele um belo tom bronzeado sem os riscos da exposição aos raios ultravioleta. Parece muito bom, bom demais para ser verdade mas é, uma maravilha… “sol na eira e chuva no nabal” ou seja o melhor de dois mundos, num instante, porque se podem ver resultados cerca de uma hora depois da aplicação, quer chova quer faça sol, no Verão ou no Inverno.

Estes produtos são recomendados pelos dermatologistas que os consideram seguros se forem bem utilizados e bem aplicados, como tudo, claro está. É preciso não esquecer que não são protectores solares e que portanto não dispensam uma correcta protecção quando se anda ao sol.

E ainda… mais uma vantagem, é que não dão dependência porque não são produzidas as tais substâncias químicas parecidas com o ópio, as endorfinas. Mas também não fazem falta “para ficar numa boa” porque basta ver-se ao espelho com um bronze invejável “da noite para o dia” para se sentir logo muito, muito bem. E acaba-se aquela história de “trabalhar para o bronze”, já não se usa, há mais que fazer.

Com votos de boa saúde,

Dr.ª Maria Alice

Especialista de Medicina Geral e Familiar

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