A GRIPE

Estão a pensar que todos os anos é o mesmo… outra vez a gripe!

Já sabemos, é sempre a mesma coisa!

Mesmo que estejam convencidos de que sabem tudo o que é preciso saber, leiam o que vem a seguir. É importante recordar, avivar a memória e conhecer o que há de novo.

Se costuma não considerar importante fazer a vacina da Gripe e não a fez no ano passado, pense bem, reconsidere.

Vacine-se, para o bem da sua saúde e para o bem da saúde de todos os outros habitantes do nosso Mundo.

INFLUENZA (GRIPE)

A Influenza é uma infecção aguda viral que se propaga muito facilmente de pessoa para pessoa em qualquer idade e que pode causar complicações graves sobretudo em alguns grupos populacionais de maior risco.

Na zona Europeia da Organização Mundial de Saúde (OMS) as epidemias anuais de Gripe ocorrem durante o Outono e o Inverno e podem infectar até 20% da população sendo uma causa muito relevante de mortalidade.

Um estudo de 2017 mostrou que cerca de 650.000 pessoas morrem anualmente, em todo o mundo, por doenças respiratórias associadas à influenza e cerca de 72.000 destas mortes ocorrem na União Europeia.

A Influenza é uma doença “séria”

Especialmente para idosos, crianças, grávidas e pessoas com doenças crónicas como a diabetes, doenças cardíacas e respiratórias.

Como a cobertura pela vacinação continua a ser baixa em muitos países, é sempre expectável que haja todos anos um número valorizável de mortos dentro destes grupos de maior risco.

Vacinação

As vacinas são seguras, eficazes e a vacinação anual é a melhor medida para prevenção da Influenza e diminuição do impacto das epidemias.

Devido à evolução constante das características dos vírus a composição das vacinas para a influenza tem que ser revista periodicamente.

A OMS actualiza duas vezes por ano as recomendações para a composição da vacina, em Fevereiro para o hemisfério norte e em Setembro para o hemisfério sul.

Estas recomendações são baseadas nos vírus detectados e caracterizados pelos Estados Membros e são usadas para desenvolver, produzir e licenciar as novas vacinas.

A vacina é o melhor instrumento para prevenção da influenza e para reduzir o risco de complicações graves e até a morte.

A eficácia da vacina pode variar de ano para ano, dependendo dos tipos de vírus da influenza que estão em circulação e da maior ou menor correspondência da vacina.

Também depende da qualidade da saúde e da idade da pessoa que é vacinada e do tempo que decorreu após a vacinação até contacto com a doença.

De um modo geral a vacina previne cerca de 60% das infecções em adultos saudáveis com idades entre os 18 e os 64 anos.

A vacina é eficaz 14 dias após a vacinação.

É impossível ser infectado pela vacina porque não contém vírus vivos.

Deve repetir-se a vacina todos os anos

A vacinação tem que ser repetida anualmente porque os vírus estão em constante evolução e porque a imunidade criada pela vacina diminui com o passar do tempo.

Deve fazer-se a vacina antes que a Influenza comece a circular, habitualmente de Outubro a Novembro, mas nunca é tarde para se ser vacinado enquanto a doença ainda está em circulação.

As vacinas da Influenza são seguras; são usadas há mais de 50 anos em milhões de pessoas com um bom registo de segurança.

Não é nunca possível fazer previsão correcta de como vai ser a Influenza em cada ano já que os 4 vírus que causam doença humana importante estão em contínua mutação na natureza, havendo baixa imunidade cruzada entre os vírus, sendo mesmo possível ser-se infectado por dois vírus ao mesmo tempo ou um a seguir ao outro.

Imunidade comunitária

A imunidade comunitária é uma forma indirecta de protecção.

Quanto maior for o número de indivíduos imunes numa comunidade, mais difícil é a progressão da doença, protegendo assim os indivíduos que não são imunes.

Desde 1923 que se usa “imunidade comunitária” para definir esta realidade que depende do maior número possível de indivíduos vacinados numa comunidade.

A oposição à vacinação tem sido muito responsável pelo retorno de doenças que podem ser controladas e evitadas, às comunidades que têm níveis de vacinação inadequados.

E agora, já podemos dizer que a vacinação é um dever para a sua própria saúde e para a comunidade que nos rodeia???

Com votos de boa saúde,

Dr.ª Maria Alice

Especialista de Medicina Geral e Familiar

Administradora / Directora Clínica

Luzdoc Serviço Médico Internacional / Medilagos

Direcção Clínica Grupo HPA – Hospital S. Gonçalo de Lagos

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