O Seguro morreu de velho…

O Seguro morreu de velho…

à porta do Acautelado!

O aparecimento da pandemia do Coronavírus obrigou os Governos, por todo o Mundo, a implementarem medidas fortemente restritivas da actividade humana para controlar a propagação do vírus.

Mesmo assim morreram mais de 3 milhões de pessoas.

A pandemia tem tido impacto nos mais pequenos detalhes da vida de todos, afectando severamente a economia global, mudando a forma como se trabalha e interage com os outros e levando os serviços de saúde a limites para lá do limite.

É óbvio que nenhum país estava preparado para lidar com uma pandemia.

O SARS-CoV-2 tem uma capacidade única de se transmitir a partir de pessoas assintomáticas, antes do início dos sintomas, o que combinado com um longo período de incubação torna muito difícil para os países poderem prevenir a disseminação desta doença.

Consequências do COVID-19 nos outros problemas de Saúde

Não só a pandemia de COVID-19 tem sobrecarregado ao extremo os sistemas de saúde a nível mundial, dificultando a resposta a outros problemas de saúde, como também as pessoas têm evitado acorrer aos serviços de saúde. As consequências têm sido dramáticas no diagnóstico e tratamento de outras doenças.

No entanto e como se poderia esperar, o confinamento, o distanciamento e a redução do contacto social, reduziram muito o número das doenças infecciosas tais como a gripe e outras infecções respiratórias

Em muitos casos de doenças já diagnosticadas, tais como o cancro e as doenças cardiovasculares, o tratamento teve que ser adiado. Muitas outras doenças como a malária, o HIV e a tuberculose foram postos de lado, em espera.

Por todo o mundo e deixando também “em espera” muitos outros estudos em curso, a pesquiza científica dedicou-se quase em exclusivo ao COVID-19.

Avaliando a cobertura da vacinação global nas primeiras 25 semanas da pandemia, pode concluir-se que em 25 semanas se andaram 25 anos para trás, já que, apesar de que antes da pandemia cerca de metade da população mundial não tinha acesso a cuidados básicos de saúde, esse número foi largamente excedido durante a pandemia.

Múltiplos factores resultantes da situação pandémica têm afectado de forma dramático a saúde mental não só da população em geral, mas também dos profissionais de saúde e não se pode esquecer a relevância da angústia de que são responsáveis as dificuldades financeiras.

As medidas de distanciamento físico e social que se tornaram necessárias afectaram a interacção social criando uma terrível sensação negativa de isolamento.

Eficácia da vacinação COVID-19

A eficácia e o sucesso das vacinas dependem da sua capacidade de reduzir a manifestação da doença e a transmissibilidade do vírus.

A vacinação COVID-19 abriu aos humanos o caminho para sair desta terrível fase da pandemia, dando às populações a possibilidade de aliviar com segurança as restrições existentes.

Acreditam os cientistas e as organizações internacionais de saúde pública que, sem as vacinas, a imunidade de grupo natural não seria suficiente para restaurar a normalidade e que as consequências para os humanos seriam de uma extrema fatalidade em termos de doença e mortalidade, exigindo medidas restritivas muito rigorosas num futuro impossível de prever.

Mas a vacinação global enfrenta inúmeras dificuldades que podem afectar o seu sucesso, tais como as mutações, das quais resultam novas variantes do vírus, embora nem todas as mutações aumentem a virulência, sendo na sua maioria não relevantes.

De acordo com informação da OMS as vacinas disponíveis garantem alguma protecção para as novas variantes e já estão em estudo as possíveis melhorias e o uso de doses de reforço.

É evidente que para prevenir que o SARS-CoV-2 continue a sofrer mutações, tornando-se mais resistente e inevitavelmente causando mais períodos de fatalidade massiva, é necessário atingir a imunidade de grupo através da vacinação global.

O maior problema, a maior dificuldade, para o sucesso da vacinação é a irracional negação de muitos em fazerem a vacina, pondo em risco não só a si próprios como fazendo perigar a meta da imunidade de grupo.

A recusa de muitas pessoas em serem vacinadas é uma decisão lamentável, triste e muito perigosa. Se quantidades significativas da população rejeitarem a vacina, haverá um impacto muito grave na eficácia potencial da vacina em controlar a disseminação do COVID-19 e o mundo não conseguirá controlar a pandemia.

A vacina não “infecta” ninguém e, no mínimo, reduz drasticamente as formas mais graves da doença. O risco de doença sem protecção é o que se deve evitar usando todos os meios ao nosso alcance.

É crucial ajudarmos as pessoas a terem confiança nas vacinas.


Medidas “para além” da Vacina

São precisas algumas semanas para se ficar protegido após a vacinação e também, como qualquer outro medicamento, nenhuma vacina é totalmente eficiente sendo por isso muito importante continuar a cumprir as precauções necessárias para evitar a infeccção.

Sabemos que podem surgir formas menos severas de COVID-19 e que não é ainda muito claro qual a redução do risco de transmissão do vírus após a vacinação, sendo assim muito importante não só a protecção individual, como a prevenção do risco de transmissão aos contactos.

Por isso, mesmo após a vacinação é mandatório:

  • Distanciamento social
  • Máscara facial
  • Lavagem cuidadosa e frequente das mãos
  • Arejamento das casas
  • Seguir as indicações de cada país
  • Em Portugal, embora estejamos no bom caminho, ainda não alcançámos a imunidade de Grupo, por isso cautela! Mesmo sem sintomas de doença podemos transmitir o vírus.

    Há um desejo enorme de voltar à “vida normal”, o que quer que isso seja, e à medida que as coisas parecem mais fáceis e seguras a tendência é facilitar.


    Mas, é bom não esquecer….
    É melhor prevenir do que remediar!

    Com votos de muito boa saúde,
    Dr.ª Maria Alice
    Especialista de Medicina Geral e Familiar
    Administradora / Directora Clínica – Luzdoc Serviço Médico Internacional / Medilagos
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